Foto:Miro de Souza / Agencia RBS
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Verba era destinada à construção de casas populares
O vereador e o ex-vereador presos nesta manhã em uma operação da Promotoria de Justiça e da Brigada Militar de Portão, no Vale do Sinos, teriam desviado R$ 800 mil destinados à construção de casas populares. O parlamentar João Pedro Gaspar dos Santos, do PT, e o ex-parlamentar Clério Von Muhlen, também do PT, eram sócios em uma cooperativa habitacional.
Segundo o Ministério Público, moradores contraíam financiamentos para construção de moradias por meio de associações de bairros ou cooperativas. Os suspeitos, então, colocavam comparsas nos cargos diretivos das associações, para onde eram enviadas as verbas públicas. Em seguida, as casas eram construídas parcialmente e com materiais de segunda linha, lesando as vítimas.
Batizada de Operação Habitare, a ação teve como responsável o promotor de Justiça Marcelo Tubino Vieira. Durante as investigações, que duraram mais de sete meses, o promotor percebeu que os suspeitos passaram a intimidar testemunhas e desfazer-se de provas e valores. Em coletiva nesta quinta-feira, o promotor explicou alguns procedimentos da investigação.
— Tivemos deferido o pedido de quebra de sigilo financeiro e fiscal, assim como de interceptações telefônicas e filmagens que confirmam uma movimentação bancária incompatível com a função dos envolvidos — revelou o promotor.
Um terceiro homem foi preso em flagrante por porte ilegal de armas. Ele foi identificado como José Valdir da Silva, proprietário de uma empreiteira, que participaria do esquema como prestador de serviço.
Nos próximos dias, a Promotoria de Justiça irá examinar o material apreendido e oferecer denúncia por crimes de apropriação indébita, falsidades ideológicas, associação criminosa e lavagem de dinheiro contra os dois investigados atualmente presos e, no mínimo, mais duas pessoas que fazem parte do esquema.
ZERO HORA
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