Chefe do tráfico da Rocinha foi preso de madrugada no porta-malas de um carro
O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi transferido por volta de 12h45 desta quinta-feira (10) para o complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Cerca de 45 minutos depois, às 13h35, o comboio da polícia chegou ao local de destino. Ele deixou a sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, no centro do Rio, em um Caveirão (veículo blindado) com mais 11 pessoas presas também na última quarta-feira (9) quando tentavam fugir do cerco da polícia na favela. O elevado da Perimetral foi interditado para a transferência dos presos.
Chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha, Nem foi preso por policiais militares do Batalhão de Choque tentando fugir no porta-malas de um carro.
A permanência do criminoso em Bangu não deve durar muito. A exemplo do que já aconteceu com outros chefões do tráfico, o governador Sérgio Cabral deverá pedir ao Ministério da Justiça a transferência do dele e de seus comparsas para um presídio federal de segurança máxima fora do Estado. Um PM reformado presos durante a ação da Polícia Federal na quarta-feira passada foi encaminhado para o BEP (Batalhão Especial Prisional).
O último traficante a ser transferido para um presídio fora do Rio foi Alexander Mendes da Silva, o Polegar. Chefe do morro da Mangueira, Polegar foi preso no dia 19 de outubro no Paraguai. No dia 30, ele foi levado para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondônia.
Chefe de uma das principais facções criminosas do Rio e responsável pela compra de drogas e armas que entram no país, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso na Colômbia em 2001, está encarcerado na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Por causa de sua alta periculosidade, ele já foi transferido diversas vezes. Outro que faz companhia a Beira-Mar na mesma unidade é Ronaldo Pinto Lima Silva, o Ronaldinho Tabajara, acusado de participação no assassinato de José Roberto do Amaral Lourenço, ex-diretor da penitenciária Bangu 3.
O Presídio Federal do Paraná, em Catanduvas, também abriga traficantes cariocas. Estão lá Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado da morte do jornalista Tim Lopes; Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, ex-chefe do tráfico no Complexo do Alemão; Márcio José Guimarães, o Tchaca, do Complexo do Lins, e Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel, na Tijuca.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a Justiça determinou a transferência de todos esses bandidos por serem considerados uma ameaça à segurança pública no Estado.
"Nós demos um passo importante, mas ainda há muito a ser feito. Prender pessoas, apreender armas, drogas e munição é importante, mas precisamos acabar com o território, o porto seguro do comando paralelo. Essa é a grande vitória porque a simples ameaça da perda de território onde o tráfico dominava vulnerabilizou essas pessoas. Eles saíram do seu reduto e foram presos. A quebra desse paradigma é o nosso grande trunfo".
Para Beltrame, a captura do chefe da venda de drogas na Rocinha aconteceu graças à integração entre as polícias Militar, Civil e Federal e os setores de inteligência dessas instituições. Quanto ao processo de pacificação da comunidade em São Conrado, que estaria previsto para começar neste domingo, o secretário preferiu não confirmar a data.
"A Rocinha será ocupada, terá uma força policial. O dia que isso vai acontecer ainda depende de uma análise dos resultados já obtidos", concluiu.
Nem, que estava no porta-malas de um carro, não resistiu à prisão. O veículo foi parado por policiais do Batalhão de Choque. Os homens que estavam no carro se identificaram como um cônsul do Congo (país africano) e um advogado.
No momento em que os PMs pediram para que os suspeitos abrissem o porta-malas, eles ofereceram R$ 30 mil aos policiais para liberar o carro. Os agentes não aceitaram o dinheiro e chamaram a Polícia Federal, que encontrou o traficante.
Nem e os outros dois homens estavam desarmados, mas o traficante levava com ele R$ 1 milhão.
Fonte: R7
O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi transferido por volta de 12h45 desta quinta-feira (10) para o complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Cerca de 45 minutos depois, às 13h35, o comboio da polícia chegou ao local de destino. Ele deixou a sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, no centro do Rio, em um Caveirão (veículo blindado) com mais 11 pessoas presas também na última quarta-feira (9) quando tentavam fugir do cerco da polícia na favela. O elevado da Perimetral foi interditado para a transferência dos presos.
Chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha, Nem foi preso por policiais militares do Batalhão de Choque tentando fugir no porta-malas de um carro.
A permanência do criminoso em Bangu não deve durar muito. A exemplo do que já aconteceu com outros chefões do tráfico, o governador Sérgio Cabral deverá pedir ao Ministério da Justiça a transferência do dele e de seus comparsas para um presídio federal de segurança máxima fora do Estado. Um PM reformado presos durante a ação da Polícia Federal na quarta-feira passada foi encaminhado para o BEP (Batalhão Especial Prisional).
O último traficante a ser transferido para um presídio fora do Rio foi Alexander Mendes da Silva, o Polegar. Chefe do morro da Mangueira, Polegar foi preso no dia 19 de outubro no Paraguai. No dia 30, ele foi levado para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondônia.
Chefe de uma das principais facções criminosas do Rio e responsável pela compra de drogas e armas que entram no país, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso na Colômbia em 2001, está encarcerado na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Por causa de sua alta periculosidade, ele já foi transferido diversas vezes. Outro que faz companhia a Beira-Mar na mesma unidade é Ronaldo Pinto Lima Silva, o Ronaldinho Tabajara, acusado de participação no assassinato de José Roberto do Amaral Lourenço, ex-diretor da penitenciária Bangu 3.
O Presídio Federal do Paraná, em Catanduvas, também abriga traficantes cariocas. Estão lá Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado da morte do jornalista Tim Lopes; Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, ex-chefe do tráfico no Complexo do Alemão; Márcio José Guimarães, o Tchaca, do Complexo do Lins, e Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel, na Tijuca.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a Justiça determinou a transferência de todos esses bandidos por serem considerados uma ameaça à segurança pública no Estado.
Beltrame comemora prisão
O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou a prisão do traficante Nem como um grande passo no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, mas ressaltou que ainda há muito o que fazer."Nós demos um passo importante, mas ainda há muito a ser feito. Prender pessoas, apreender armas, drogas e munição é importante, mas precisamos acabar com o território, o porto seguro do comando paralelo. Essa é a grande vitória porque a simples ameaça da perda de território onde o tráfico dominava vulnerabilizou essas pessoas. Eles saíram do seu reduto e foram presos. A quebra desse paradigma é o nosso grande trunfo".
Para Beltrame, a captura do chefe da venda de drogas na Rocinha aconteceu graças à integração entre as polícias Militar, Civil e Federal e os setores de inteligência dessas instituições. Quanto ao processo de pacificação da comunidade em São Conrado, que estaria previsto para começar neste domingo, o secretário preferiu não confirmar a data.
"A Rocinha será ocupada, terá uma força policial. O dia que isso vai acontecer ainda depende de uma análise dos resultados já obtidos", concluiu.
Escondido no porta-malas do carro
Nem, preso na madrugada desta quinta-feira (10) e levado para a sede da Polícia Federal, na praça Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro, ligou para a mãe e avisou que havia sido capturado. Ele também mandou um recado aos filhos. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da PF.Nem, que estava no porta-malas de um carro, não resistiu à prisão. O veículo foi parado por policiais do Batalhão de Choque. Os homens que estavam no carro se identificaram como um cônsul do Congo (país africano) e um advogado.
No momento em que os PMs pediram para que os suspeitos abrissem o porta-malas, eles ofereceram R$ 30 mil aos policiais para liberar o carro. Os agentes não aceitaram o dinheiro e chamaram a Polícia Federal, que encontrou o traficante.
Nem e os outros dois homens estavam desarmados, mas o traficante levava com ele R$ 1 milhão.
Fonte: R7