sexta-feira, 18 de março de 2011

TRF decide manter Fernandinho Beira-Mar preso em Mossoró

Fernandinho Beira-Mar quando descia do avião da PF, no Aeroporto Dix-Sept Rosado em Mossoró


A desembargadora Nilcéa Barbosa Maggi, do Tribunal Regional Federal da 5ª região, em Pernambuco, atendeu a um pedido do Ministério da Justiça e concedeu liminar na manhã desta sexta-feira que mantém o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, detido na penitenciária de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O juiz federal Mário Jambo, que também é o corregedor do presídio, havia determinado, semana passada, que o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) retirasse Beira-Mar e outros cinco detentos de Mossoró. Jambo argumentou, com base em estudo do próprio Depen, que a penitenciária tem sérios problemas na estrutura do prédio e que essas deficiências colocavam em risco a presença de Beira-Mar no local.

Para os advogados da União, a decisão do magistrado extrapolou os limites de suas atribuições para deliberar sobre a transferência dos presos. Em nota, a Advocacia Geral da União (AGU) confirma informação publicada pelo GLOBO, na última segunda-feira , de que a transferência de Beira-Mar da penitenciária de Catanduvas (PR) para Mossoró, em fevereiro, se deu por conta de ameaças e risco de grupo de traficantes de capturá-lo naquele presídio.

Segundo a AGU, informações obtidas pelo Depen e pela inteligência da Polícia Federal concluíram que haviam "ameaças de investida de criminosos para resgatar os presidiários removidos". Nos argumentos que enviou ao TRF, a AGU informou ainda que o custo da transferência dos presos no trajeto entre Catanduvas até Mossoró foi de R$ 75 mil. Sem contar despesas com diárias e deslocamento dos vinte agentes penitenciários federais que participaram da missão. A AGU alegou que qualquer transferência de Mossoró para um dos outros três presídios federais teria custo parecido.



Fonte: Jornal O Globo






Em entrevista a VEJA, ex-governador de Brasília diz que a pedido de Agripino ajudou Micarla de Souza

José Roberto Arruda foi expulso do DEM, perdeu o mandato de governador e passou dois meses encarcerado na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois de realizada a Operação Caixa de Pandora, que descobriu uma esquema de arrecadação e distribuição de propina na capital do país. Filmado recebendo 50 mil reais de Durval Barbosa, o operador que gravou os vídeos de corrupção, Arruda admite que errou gravemente, mas pondera que nada fez de diferente da maioria dos políticos brasileiros: "Dancei a música que tocava no baile".

Arruda faz acusações contra Agripino e prefeita de Natal Micarla de Souza - Foto: VEJA


Em entrevista a VEJA, o ex-governador parte para o contra-ataque contra ex-colegas de partido. Acusa-os de receber recursos da quadrilha que atuava no DF. E sugere que o dinheiro era ilegal. Entre os beneficiários estariam o atual presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), e o líder da legenda no Senado, Demóstenes Torres (GO). A seguir, o trecho da entrevista onde faz referencia aos políticos potiguares:

Quais líderes do partido foram hipócritas no seu caso?

A maioria. Os senadores Demóstenes Torres e José Agripino Maia, por exemplo, não hesitaram em me esculhambar. Via aquilo na TV e achava engraçado: até outro dia batiam à minha porta pedindo ajuda! Em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir 150 mil reais para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei, e até a Micarla veio aqui me agradecer depois de eleita. O senador Demóstenes me procurou certa vez, pedindo que eu contratasse no governo uma empresa de cobrança de contas atrasadas. O deputado Ronaldo Caiado, outro que foi implacável comigo, levou-me um empresário do setor de transportes, que queria conseguir linhas em Brasília.



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