Custódio Fernandes deu dois tiros na mulher, Eva Silva, e tentou suicidar-se no quarto da casa onde residia, em Alpendorada, Marco de Canaveses. Dezenas de populares juntaram-se no local do crime
*Eva foi baleada na cara e na barriga. O seu estado de saúde é grave, mas não corre perigo de vida. Já Custódio, que deu um tiro na barriga e outro na cabeça quando a GNR entrou em casa, está entre a vida e a morte.
"Ele tinha tudo planeado, quando entrámos em casa apontou-me uma pistola a cabeça e ficou assim durante cinco minutos. Ele virou--se depois à minha tia e disparou várias vezes, mas só dois tiros é que acertaram. A menina só pedia que ajudassem a mãe", contou ao CM Pedro Azevedo, sobrinho de Eva .
Após alvejar Eva, Custódio gritou a Pedro e ao avaliador que saíssem do local ou matava-os também. Refugiou-se então no quarto onde deu um tiro na barriga. Quando a GNR chegou ao local e abriu a porta, o homicida disparou mais uma vez contra a cabeça.
"A minha irmã queixou-se muitas vezes à GNR e nunca fizeram nada. Ele andava a dizer a toda a gente que a ia matar, até já tinha regado a casa toda com gasolina", explicou Manuel, irmão de Eva.
SEGURANÇA SOCIAL AMEAÇOU TIRAR A MENINA
A Segurança social tinha já ameaçado retirar a menina caso Eva e o marido não resolvessem a questão do divórcio. A criança vivia assustada com as ameaças e as perseguições do pai, o que se reflectia no convívio com os colegas de escola.
"A Segurança Social tinha ameaçado que se as coisas não se resolvessem iam tirar a menina. A minha tia fazia de tudo para que a filha estivesse bem, mas o marido não parava com ameaças", contou Sérgio Azevedo, sobrinho de Eva.
Ontem de manhã, após o crime, uma técnica da Segurança Social foi chamada ao local para acompanhar o caso. A menina foi levada para casa de familiares e está a ser acompanhada por psicólogos. "Ela está muito mal, foi muito duro para ela ver a mãe ser alvejada. Ela está a sofrer muito com tudo isto", explicou Manuel, irmão de Eva.
MAUS TRATOS DURANTE 15 ANOS
Eva foi vítima de maus tratos durante mais de quinze anos. O marido, construtor civil, ameaçava-a diariamente e perseguia-a. Custódio nunca aceitou também o facto de a mulher trabalhar nas limpezas e chegava a vigiá-la no emprego. "Para ele a mulher tinha de estar sempre disponível. Se ele chegasse a casa de madrugada ela tinha de estar acordada e impecavelmente vestida à espera dele. Tinha muitos ciúmes e desconfiava de tudo e de todos", contou Manuel. O homem tinha jurado que ia matar Eva e suicidar-se. Ontem tentou cumprir a promessa. Estão internados no Hospital de São João.
"Ele tinha tudo planeado, quando entrámos em casa apontou-me uma pistola a cabeça e ficou assim durante cinco minutos. Ele virou--se depois à minha tia e disparou várias vezes, mas só dois tiros é que acertaram. A menina só pedia que ajudassem a mãe", contou ao CM Pedro Azevedo, sobrinho de Eva .
Após alvejar Eva, Custódio gritou a Pedro e ao avaliador que saíssem do local ou matava-os também. Refugiou-se então no quarto onde deu um tiro na barriga. Quando a GNR chegou ao local e abriu a porta, o homicida disparou mais uma vez contra a cabeça.
"A minha irmã queixou-se muitas vezes à GNR e nunca fizeram nada. Ele andava a dizer a toda a gente que a ia matar, até já tinha regado a casa toda com gasolina", explicou Manuel, irmão de Eva.
SEGURANÇA SOCIAL AMEAÇOU TIRAR A MENINA
A Segurança social tinha já ameaçado retirar a menina caso Eva e o marido não resolvessem a questão do divórcio. A criança vivia assustada com as ameaças e as perseguições do pai, o que se reflectia no convívio com os colegas de escola.
"A Segurança Social tinha ameaçado que se as coisas não se resolvessem iam tirar a menina. A minha tia fazia de tudo para que a filha estivesse bem, mas o marido não parava com ameaças", contou Sérgio Azevedo, sobrinho de Eva.
Ontem de manhã, após o crime, uma técnica da Segurança Social foi chamada ao local para acompanhar o caso. A menina foi levada para casa de familiares e está a ser acompanhada por psicólogos. "Ela está muito mal, foi muito duro para ela ver a mãe ser alvejada. Ela está a sofrer muito com tudo isto", explicou Manuel, irmão de Eva.
MAUS TRATOS DURANTE 15 ANOS
Eva foi vítima de maus tratos durante mais de quinze anos. O marido, construtor civil, ameaçava-a diariamente e perseguia-a. Custódio nunca aceitou também o facto de a mulher trabalhar nas limpezas e chegava a vigiá-la no emprego. "Para ele a mulher tinha de estar sempre disponível. Se ele chegasse a casa de madrugada ela tinha de estar acordada e impecavelmente vestida à espera dele. Tinha muitos ciúmes e desconfiava de tudo e de todos", contou Manuel. O homem tinha jurado que ia matar Eva e suicidar-se. Ontem tentou cumprir a promessa. Estão internados no Hospital de São João.
Custódio Fernandes vivia obcecado pela mulher, Eva Silva, de 46 anos. Perseguia-a para todo o lado e recusava-se a aceitar o pedido de divórcio. Ontem, às 10h30, durante uma reunião com um avaliador que ia atestar o valor da casa onde chegaram a residir juntos em Alpendorada, Marco de Canaveses, Custódio, de 47 anos, não hesitou: pegou numa pistola, deu dois tiros na mulher e tentou suicidar-se. A filha, de 12 anos, e um sobrinho viram tudo.