quinta-feira, 3 de março de 2011

Samu nega negligência no socorro que resultou em morte em Joinville

Coordenação do serviço de emergência diz que não houve omissão no atendimento

O Samu disse na última quinta-feira que não houve omissão de socorro na morte de Claudionei de Souza Paula, 39 anos, no posto de saúde do Morro do Meio, em Joinville. O fato ocorreu na segunda-feira de manhã. Parentes da vítima acusam o órgão de negligência e demora no atendimento.


Segundo o coordenador mesorregional do Samu Norte e Nordeste, Maurício Benetton, o procedimento foi correto. Ele ouviu as gravações do chamado e diz que a orientação de levar o paciente para o posto de saúde foi a mais adequada.

— A viatura levaria de 25 a 30 minutos. O posto fica a cerca de 500 metros da casa onde ocorreu o incidente. Neste caso, seria mais rápido ir até a unidade —, diz o coordenador.

Ele conta que o primeiro chamado foi registrado às 8h21.

— Informava que o homem tinha desmaiado, estava respirando e passava por uma crise nervosa. Em nenhum momento se falou em parada cardiorrespiratória —, diz.

Segundo Benetton, o segundo chamado ocorreu às 8h45 e foi feito pelo posto de saúde.
 
— Chegamos lá em 30 minutos e não havia mais nada o que fazer.


O coordenador lembra que a UTI móvel estava atendendo uma outra ocorrência na hora do chamado.

Para Maria Simone Pam, médica que atendeu Claudionei, o tempo de espera até o atendimento foi determinante para a morte.

— Desde o desmaio até chegar ao posto passaram quase 40 minutos e ele já chegou com parada cardiorrespiratória.

A médica diz que foram feitos todos os procedimentos possíveis.

— Mas um posto de saúde não está preparado para casos desta complexidade.

No posto, a médica fez massagem cardíaca e usou um respirador manual. A UTI Móvel do Samu está equipada com desfibrilador e equipamentos eletrônicos para monitorar a respiração e os batimentos cardíacos

Para atender Joinville, segundo o Samu, o órgão tem uma UTI Móvel e quatro unidades básicas. Na equipe, há 24 médicos, seis enfermeiros, 31 técnicos de enfermagem e 31 condutores. A estrutura atende às recomendações do Ministério da Saúde.




AN.COM.BR







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