Cerco policial a jornal provocou demissão de dois oficiais da PM.
Governador de GO diz que não vai admitir afronta à liberdade de expressão.
Um jornal de Goiás sofreu nesta quinta-feira (3) uma tentativa de intimidação após divulgar conversas telefônicas entre policiais militares suspeitos de integrar um grupo de extermínio.
Logo pela manhã, vários carros da Polícia Militar, com pelo menos 30 homens, passaram com sirenes ligadas em frente à sede do jornal "O Popular". O jornal publicou trechos de escutas telefônicas que integram o inquérito da Polícia Federal que investiga um grupo de extermínio acusado de mais de 30 assassinatos no estado.
O fato gerou as demissões do cargo do comandante da Rotam (Rondas OstensivasTáticas) da PM, tenente-coronel Carlos Henrique da Silva, e o comandante do pelotão que passou em frente ao jornal, tenente Alex Siqueira.
O secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, João Furtado, considerou a ação ilegal e disse que irá reformular as normas de conduta da corporação. O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse que não vai admitir qualquer ilegalidade ou afronta à liberdade de expressão.
Na semana passada, a Operação Sexto Mandamento da PF prendeu 19 PMs suspeitos de atuarem nas execuções, entre eles o subcomandante da Polícia Militar do estado de Goiás. Entre as vítimas, de acordo com a PF, estariam crianças, adolescentes e mulheres sem qualquer envolvimento com a prática de crimes. O suposto grupo de extermínio é investigado há cerca de um ano.
A Associação Nacional de Jornais declarou que repudia atos intimidatórios e afirmou que os jornalistas nada mais fizeram do que cumprir o de dever de informar a sociedade sobre a atuação de agentes do estado que, de acordo com as evidências, vinham agindo de forma criminosa.
Comissão do governo investiga grupo de extermínio
A Secretaria de Segunça Pública de Goiás criou a Comissão Especial de Defesa dos Direitos Humanos para apurar o desaparecimento de 30 pessoas, no período de dez anos, e o envolvimento de policiais em um grupo de extermínio. O sumiço das vítimas ocorreu, segundo investigações preliminares, após abordagens de policiais militares. O cruzamento de dados das ocorrências começou após a Operação Sexto Mandamento da PF.
Segundo as investigações da PF, a organização criminosa tinha como principal atividade a prática habitual de homicídios com a simulação de que os crimes haviam sido praticados em confrontos com as vítimas. Alguns dos crimes foram praticados durante o horário de serviço e com uso de carros da Polícia Militar, de maneira clandestina e sem qualquer motivação.
Alguns dos policiais militares presos tiveram cargos na alta cúpula da hierarquia da corporação. Eles foram transferidos no último dia 17 para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande.
Governador de GO diz que não vai admitir afronta à liberdade de expressão.
Um jornal de Goiás sofreu nesta quinta-feira (3) uma tentativa de intimidação após divulgar conversas telefônicas entre policiais militares suspeitos de integrar um grupo de extermínio.
Logo pela manhã, vários carros da Polícia Militar, com pelo menos 30 homens, passaram com sirenes ligadas em frente à sede do jornal "O Popular". O jornal publicou trechos de escutas telefônicas que integram o inquérito da Polícia Federal que investiga um grupo de extermínio acusado de mais de 30 assassinatos no estado.
O fato gerou as demissões do cargo do comandante da Rotam (Rondas OstensivasTáticas) da PM, tenente-coronel Carlos Henrique da Silva, e o comandante do pelotão que passou em frente ao jornal, tenente Alex Siqueira.
O secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, João Furtado, considerou a ação ilegal e disse que irá reformular as normas de conduta da corporação. O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse que não vai admitir qualquer ilegalidade ou afronta à liberdade de expressão.
Na semana passada, a Operação Sexto Mandamento da PF prendeu 19 PMs suspeitos de atuarem nas execuções, entre eles o subcomandante da Polícia Militar do estado de Goiás. Entre as vítimas, de acordo com a PF, estariam crianças, adolescentes e mulheres sem qualquer envolvimento com a prática de crimes. O suposto grupo de extermínio é investigado há cerca de um ano.
A Associação Nacional de Jornais declarou que repudia atos intimidatórios e afirmou que os jornalistas nada mais fizeram do que cumprir o de dever de informar a sociedade sobre a atuação de agentes do estado que, de acordo com as evidências, vinham agindo de forma criminosa.
Comissão do governo investiga grupo de extermínio
A Secretaria de Segunça Pública de Goiás criou a Comissão Especial de Defesa dos Direitos Humanos para apurar o desaparecimento de 30 pessoas, no período de dez anos, e o envolvimento de policiais em um grupo de extermínio. O sumiço das vítimas ocorreu, segundo investigações preliminares, após abordagens de policiais militares. O cruzamento de dados das ocorrências começou após a Operação Sexto Mandamento da PF.
Segundo as investigações da PF, a organização criminosa tinha como principal atividade a prática habitual de homicídios com a simulação de que os crimes haviam sido praticados em confrontos com as vítimas. Alguns dos crimes foram praticados durante o horário de serviço e com uso de carros da Polícia Militar, de maneira clandestina e sem qualquer motivação.
Alguns dos policiais militares presos tiveram cargos na alta cúpula da hierarquia da corporação. Eles foram transferidos no último dia 17 para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande.
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