Luciene, que é mãe de três meninas de dois, quatro e sete anos, confessou na última quarta-feira (2) à polícia ter sufocado Lavínia
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Horas após crime, suspeita chorou muito ao negar morte de criança
A mulher que confessou ter assassinado a menina Lavínia, de seis anos, se revelou uma pessoa fria e "muito dissimulada" nas duas vezes em que prestou depoimento à polícia, segundo afirmou nesta quinta-feira (3) o delegado substituto da delegacia de Campos Elíseos (60ª DP), Luciano Zahar.
Horas após ter asfixiado Lavínia até a morte em um quarto de hotel no centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Luciene Reis, de 24 anos, chorou ao negar que jamais teria coragem de sequestrar uma criança.
Apontada como principal suspeita desde o sumiço da menina, ela foi chamada a depor pela primeira vez na própria segunda-feira (28), dia em que a menina desapareceu enquanto dormia na casa dos pais.
Luciene, que é mãe de três meninas de dois, quatro e sete anos, confessou na última quarta-feira (2) à polícia ter sufocado Lavínia por cerca de oito minutos com um travesseiro. Como a criança ainda se mexia, Luciene a enforcou com um cadarço de tênis para se certificar de que estava morta.
À polícia, ela contou que antes de seguir para o hotel ainda passou em sua casa, onde vestiu Lavínia com roupas de uma de suas três filhas. Luciene tinha um relacionamento amoroso com o pai da menina havia um ano, segundo a polícia.
O que aconteceu nas horas que antecederam a morte da criança ainda é um mistério para a polícia, que quer descobrir como Luciene conseguiu entrar na casa da família e levar a menina sem levantar suspeitas. Os pais viviam com a única filha em um terreno onde moram outras 12 pessoas no bairro do Divino, em Caxias.
A hipótese de que alguém possa ter facilitado a entrada de Luciene está sendo investigada pela polícia, que pretende ouvir a mãe da menina, Andréia Azeredo, e o pai, Rony dos Santos. O avô também será ouvido novamente.
A polícia chegou a cogitar a participação direta do pai ou da mãe da menina. A primeira versão da história, contada pela mãe, seria a de que o pai de Lavínia havia chegado à sua casa às 3h e, quando acordou às 5h45 para trabalhar, verificou que a janela e a porta do quarto estavam abertas e a menina não estava mais na cama.
A intenção é confrontar a versão dada por Luciene com o depoimento dos familiares. Vizinhos também serão chamados para depor.
O delegado Zahar, que ouviu Luciene no dia do desaparecimento e depois na quarta-feira, falou sobre a dificuldade em obter a confissão do assassinato, que só aconteceu após quase quatro horas de depoimento. Imagens conseguidas em um ônibus mostraram Luciene em companhia da criança, argumento usado pela polícia para que Luciene confessasse.
- Foi difícil, pois a cada hora ela enveredava por um caminho diferente.
Ele afirma que o caso deve ser tratado como homicídio, já que a extorsão de R$ 2.000 do pai de Lavínia "só foi relatada depois pelo Rony".
- A intenção sempre foi matar a criança. Logo que ela teve contato inicial, levou para o hotel e executou.
Luciene foi transferida para a carceragem da Polinter em Magé, na Baixada Fluminense, na noite de quarta-feira sob forte esquema de segurança e debaixo de pedradas, vaias e gritos de "assassina".
Cerca de 300 pessoas foram ao enterro da menina na manhã desta quinta-feira (3) no Cemitério do Corte 8, em Caxias.
Muito abalado, o pai de Lavínia passou mal e precisou ser amparado por amigos e familiares ao chegar ao velório.
Desaparecimento
A menina desapareceu de casa, em Caxias, na manhã de segunda-feira. Luciene já era apontada como principal suspeita. De acordo com Santos, ela teria feito ameaças.
A polícia chegou a cogitar a participação direta do pai ou da mãe, Andréia Azeredo. A primeira versão da história, contada pela mãe, seria a de que Santos havia chegado a sua casa às 3h e, quando acordou às 5h45 para trabalhar, verificou que a janela e a porta do quarto estavam abertas e a menina não estava mais na cama.
De acordo com a mãe, um móvel foi arrastado para perto da janela do quarto da criança e teria auxiliado na invasão da casa.
DO R7
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