quinta-feira, 24 de março de 2011

Cruz Vermelha pede acesso urgente a feridos na Líbia

Chefe da organização no país disse estar recebendo “informações alarmantes”

Equipe da Cruz Vermelha espera refugiados líbios desembarcarem na ilha de Creta, no Mediterrâneo; organização pede autorização para chegar às áreas onde há feridos na Líbia
Yiorgos Karahalis/24.02.2011/Reuters
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A Cruz Vermelha afirmou nesta quinta-feira (24) que o acesso da ajuda humanitária sofre dificuldades na maior parte da Líbia e fez um apelo para que seja autorizada a chegar aos civis feridos durante os combates entre forças leais ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, e rebeldes, em meio a bombardeios da coalizão internacional liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha. 

O chefe da missão do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Líbia, Simon Brooks, manifestou preocupação sobre a situação da população líbia.


- Não está claro como os civis estão passando nas áreas afetadas pelas hostilidades. Isso nos preocupa muito. Estamos recebendo informações alarmantes de cidades como Ajdabiya e Misrata, onde o conflito já dura semanas.

Brooks disse que os médicos nessas cidades estão trabalhando em condições extremamente difíceis e pediu a todas as partes envolvidas no conflito que facilitem o acesso da ajuda humanitária. Nesta quarta-feira (23), quatro membros da Cruz Vermelha chegaram à cidade líbia de Benghazi, reduto dos rebeldes, para se unirem à equipe que já retornou à área em 18 de março, após as condições de segurança terem melhorado.


Nos últimos dias, delegados da organização foram autorizados a visitar dois soldados do regime, feridos e capturados pelos rebeldes. Já em um povoado ao norte de Ajdabiya, próximo aos combates, equipes da Cruz Vermelha distribuíram kits de primeiros socorros para ajudar a população local a tratar dos feridos.


França derruba avião líbio

Aviões da França que participam da operação internacional contra as forças leais a Gaddafi derrubaram nesta quinta um monomotor militar líbio nas proximidades da cidade de Misrata, a terceira maior do país. A informação é da rede de televisão ABC, dos EUA.

Segundo a emissora, Gaddafi "desafiou pela primeira vez, hoje, a zona de exclusão aérea imposta pelos EUA e seus aliados, e enviou um avião de guerra a Misrata, onde foi derrubado rapidamente por aviões de combate franceses".

EUA, França, Reino Unido, Espanha, Itália e outros aliados iniciaram no último sábado (19) ataques contra a Força Aérea e os sistemas de defesa da Líbia, após o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) ter autorizado a criação de uma zona de exclusão aérea sobre o país

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