terça-feira, 23 de agosto de 2011

Discussão entre médica e paciente acaba na polícia no Norte da Ilha, em Florianópolis

Um bate-boca entre uma médica da Unidade de Pronto Atendimento ( UPA) do Norte da Ilha, em Florianópolis, e uma paciente acabou na delegacia. A mulher registrou boletim de ocorrência contra a profissional por não ter recebido atendimento e porque teria sofrido discriminação.


A confusão começou quando Isabel Barreiro foi à UPA Norte, na última sexta-feira, com forte dores nas costas. De acordo com ela, depois de esperar o atendimento por horas, a médica teria dito que não poderia atendê-la porque o caso não era emergência e teria falado ao segurança " tire essa argentina daqui". O casal argentino mora em Florianópolis há dez anos.

As duas começaram a discutir e a gritar no consultório. A briga foi gravada pelo marido da paciente.
 
Em um trecho da gravação, a médica argumenta que a recusa está prevista no código de ética médica. A paciente se queixa por não ter passado por uma triagem antes da consulta.


Conforme a médica, os pacientes são encaminhados por ordem de gravidade. Antes de ser atendida, a mulher teria invadido o consultório enquanto a médica atendia uma idosa. Quando chegou a vez da paciente, a profissional teria ficado bastante irritada e as duas teriam começaram a discutir.

A médica admitiu que ficou alterada durante a consulta por que estava sendo pressionada pela paciente.

Esta não é a primeira vez que a médica, clínica geral da UPA, se envolve em uma discussão. Há dois anos, ela foi agredida por uma paciente depois de um desentendimento.
 
Contraponto


De acordo com o diretor da UPA, Miguel Acceta, todos os pacientes passam por triagem e são chamados por ordem de urgência. Ele garante que todos os procedimentos dos funcionários são corretos, mas promete tomar providências em relação à profissional.

— Vamos averiguar o que houve no atendimento, verificar os prontuários e ver se houve negligência por parte do profissional.

De acordo com o Código de Ética Médica, o profissional pode se negar a atender o paciente se perceber que a relação médico/paciente foi quebrada, desde que não seja um caso de urgência ou emergência.

RBS TV

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