Nuno Miguel Silva é elogiado pelo trabalho que desenvolveu nas vários rádios pelas quais passou. Corpo foi retirado da faculdade pela polícia
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À colega de carteira disse apenas que se estava a sentir mal antes de cair sem sentidos no chão da sala de aula, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. O radialista na Antena 3 e DJ Nuno Miguel Silva, de 46 anos, acabou por morrer, cerca das 11h30 de ontem, após ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória.
"Alguns colegas ainda chegaram a fazer respiração boca-a-boca e massagens cardíacas. O médico do INEM também tentou a reanimação, mas sem sucesso", explicou ao CM Pedro Rebelo, aluno do 2º ano da licenciatura em Ciências da Comunicação e que na altura estava na sala de aula. Uma outra aluna referiu que Nuno tinha chegado um pouco "atrasado" e "ofegante".
Na RTP – que inclui as estações de rádio Antena 1, 2 e 3 – a notícia apanhou todos desprevenidos. "Não lhe conhecia qualquer problema de saúde", disse ao CM o director-adjunto da Antena 1 e 3, Jorge Alexandre Lopes. "Os actuais jingles das várias rádios da RTP são da autoria da sua equipa. Deixa uma marca, perde-se um grande profissional", lamentou Jorge Lopes. "Esta notícia é absolutamente chocante. Não sei quanto tempo vou levar a refazer-me", confessou à Antena 1 Nuno Santos, director de Informação da RTP, e que foi o primeiro director de Nuno Miguel na Rádio Energia (surgida em 1991). "Há cerca de um mês, o núcleo fundador da Energia encontrou--se para preparar a celebração destes 20 anos. Reencontrei o Nuno Miguel com o mesmo entusiasmo, talento, ar rezingão e sentido crítico de sempre", acrescentou.
Para além de responsável pela sonorização das rádios do grupo RTP, Nuno Miguel era responsável pelo programa Ambientassons, autor do Party Zone, ambos da Antena 3, e DJ. Esteve na fundação da TSF e transitou para a RTP para ajudar a fundar a Antena 3. Era casado e não tinha filhos. O corpo foi retirado da sala de aula pela PSP e vai agora ser autopsiado.
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