Os preços do etanol - popularmente conhecido como álcool - subiram em 24 estados e no Distrito Federal (DF). Em Mossoró, não é diferente. Aqui, quem queria abastecer com esse combustível no fim de semana se assustou: o custo passou de R$ 2,10 para R$ 2,60, aumento em torno de 23%. A alta é maior que muitas capitais do Nordeste e até do que a média do país.
Os cálculos ficam ainda mais desanimadores quando se leva em consideração o seguinte: há duas semanas, já havia sido aplicado um reajuste de 7%. Trocando em miúdos, no intervalo de 20 dias, o preço do álcool foi reajustado em cerca de 30% na capital do Oeste.
Para se ter uma ideia, a maior alta registrada no país ocorreu em alguns postos do Rio Grande do Sul, onde se chegou a R$ 2,89. No Brasil, o preço mínimo registrado para o etanol foi de R$ 1,89 por litro, nos estados de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
As altas estão relacionadas ao período de entressafra da cana-de-açúcar e, devido ao longo período de seca no passado, a produção foi prejudicada, afetando o estoque. Outro motivo que interferiu nos preços foi a alta na exportação do produto.
O problema ainda é acentuado pela alta procura do etanol em função do boom da frota de veículos no país. Além disso, a produção do álcool perdeu espaço para a fabricação do açúcar, altamente rentável no mercado internacional.
"A questão do álcool é externa. É aquela velha questão comercial da economia. A demanda aumentou demais, e os produtores se retraem", comenta o professor Franklin. Para o especialista, é natural que a produção de açúcar esteja sendo priorizada: isto segue apenas o caminho natural do mercado.
"O que estiver dando mais retorno, eles tendem a dinamizar a produção. O produtor de cana-de-açúcar lucra mais com a produção de açúcar que com a de etanol", explica.
Gasolina passa a ser uma opção vantajosa para o consumidor mossoroense
A gasolina agora é mais do que nunca uma opção vantajosa para o consumidor mossoroense. Com base no Sistema de Elevação dos Preços (SLP), mantido semanalmente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média dos preços da gasolina cobrada em Mossoró era de R$ 2,678.
Para saber qual combustível é o mais vantajoso, basta dividir o preço do derivado da cana-de-açúcar pelo da gasolina. "Com resultados inferiores ou iguais a 70%, opte pelo álcool, caso contrário, a gasolina é a melhor opção".
O professor explica que a grande carga de impostos sobre os combustíveis é o principal fator que explica os elevados preços. Ele informa que mesmo Mossoró ser um município produtor de petróleo, que dá origem à gasolina, e não ser produtor direto da matéria-prima para o álcool, a diferença entre o preço dos combustíveis não é tão significativa. Ele esclarece por quê?
Segundo o professor Franklin, trata-se do que ele chama de uma "cascata de imposto" que a cidade paga por não participar da produção final do combustível. "Mossoró produz (gasolina), mas não beneficia. O produto sai e, então, quando ele retorna, é com uma cascata de imposto", afirma.
Fonte: Jornal o Mossoroense
Os cálculos ficam ainda mais desanimadores quando se leva em consideração o seguinte: há duas semanas, já havia sido aplicado um reajuste de 7%. Trocando em miúdos, no intervalo de 20 dias, o preço do álcool foi reajustado em cerca de 30% na capital do Oeste.
Para se ter uma ideia, a maior alta registrada no país ocorreu em alguns postos do Rio Grande do Sul, onde se chegou a R$ 2,89. No Brasil, o preço mínimo registrado para o etanol foi de R$ 1,89 por litro, nos estados de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
As altas estão relacionadas ao período de entressafra da cana-de-açúcar e, devido ao longo período de seca no passado, a produção foi prejudicada, afetando o estoque. Outro motivo que interferiu nos preços foi a alta na exportação do produto.
O problema ainda é acentuado pela alta procura do etanol em função do boom da frota de veículos no país. Além disso, a produção do álcool perdeu espaço para a fabricação do açúcar, altamente rentável no mercado internacional.
"A questão do álcool é externa. É aquela velha questão comercial da economia. A demanda aumentou demais, e os produtores se retraem", comenta o professor Franklin. Para o especialista, é natural que a produção de açúcar esteja sendo priorizada: isto segue apenas o caminho natural do mercado.
"O que estiver dando mais retorno, eles tendem a dinamizar a produção. O produtor de cana-de-açúcar lucra mais com a produção de açúcar que com a de etanol", explica.
Gasolina passa a ser uma opção vantajosa para o consumidor mossoroense
A gasolina agora é mais do que nunca uma opção vantajosa para o consumidor mossoroense. Com base no Sistema de Elevação dos Preços (SLP), mantido semanalmente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média dos preços da gasolina cobrada em Mossoró era de R$ 2,678.
Para saber qual combustível é o mais vantajoso, basta dividir o preço do derivado da cana-de-açúcar pelo da gasolina. "Com resultados inferiores ou iguais a 70%, opte pelo álcool, caso contrário, a gasolina é a melhor opção".
O professor explica que a grande carga de impostos sobre os combustíveis é o principal fator que explica os elevados preços. Ele informa que mesmo Mossoró ser um município produtor de petróleo, que dá origem à gasolina, e não ser produtor direto da matéria-prima para o álcool, a diferença entre o preço dos combustíveis não é tão significativa. Ele esclarece por quê?
Segundo o professor Franklin, trata-se do que ele chama de uma "cascata de imposto" que a cidade paga por não participar da produção final do combustível. "Mossoró produz (gasolina), mas não beneficia. O produto sai e, então, quando ele retorna, é com uma cascata de imposto", afirma.
Fonte: Jornal o Mossoroense
Nenhum comentário:
Postar um comentário