Marcio Costa deixou a delegacia por volta das 21h desta sexta (4)
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Há divergência nos depoimentos, de acordo com o delegado Antônio Bertran
O marido da funkeira Verônica Costa, Márcio Costa, deixou a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Zona Oeste do Rio, na noite desta sexta-feira (4), após prestar um depoimento de 7 horas e meia. De acordo com o delegado Antônio Latsala Bertran, é possível que haja acareação entre ele e a funkeira, já que há divergência entre os depoimentos.
Márcio chegou à delegacia por volta das 10h30, mas só iniciou seu depoimento por volta das 13h, após seus advogados analisarem os autos.
Após o depoimento, Márcio respondeu às perguntas dos jornalistas apenas com "sim" ou "não". Ao ser perguntado se tinha medo de alguma ameaça, respondeu que sim. "Tenho, com a minha vida né?", limitou-se a dizer.
Ele acusa a mulher de tortura e agressão. Ela nega e o acusa de ter chegado já machucado em casa, sob o efeito de drogas.
"Tudo o que ele disse até agora é absolutamente verdade. E ele confirmou isso. O depoimento da vítima, do Marcio, é completamente diferente dos autores do fato. Isso a polícia vai averiguar e dizer quem está falando a verdade", disse o advogado de Márcio Costa, Michel Assef Filho.
Na segunda-feira (28), o delegado ouviu a funkeira e sua família e afirmou que ainda é prematuro apontar um culpado para o caso. Segundo ele, a polícia aguarda o boletim médico de Márcio Costa e um laudo do local para esclarecer chegar a uma conclusão. Verônica acusa Márcio de ter roubado computadores e câmeras de sua casa. Ele nega.
'Eles iam me matar'
Na quarta-feira (2), Márcio Costa teve alta médica do Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio. "Não tinha dúvida que eles iam me matar", disse ele, na ocasião. Verônica nega as acusações e acusa o marido de ter chegado em casa já machucado e ainda lhe roubado computadores e câmeras.
Márcio também negou todas as acusações da funkeira e reafirmou que foi torturado por ela e parentes por mais de 20 horas. “Verônica sempre foi agressiva. Tinha altos e baixos. Eu mantinha o relacionamento porque a amava muito. O que eu sinto é medo e desgosto. Não tenho raiva, mas quero Justiça”, resumiu.
Na segunda-feira (28), Márcio fez uma cirurgia para raspagem da pele morta devido às queimaduras que sofreu por todo o corpo.
Queimaduras e afogamento
Ainda de acordo com Márcio, no dia em que foi agredido, ele e Verônica voltaram de uma reunião de trabalho no Centro do Rio. Ele teria sido visto pelo porteiro. O casal, então, teria jantado e, durante a refeição, segundo ele, ela se manteve no celular, afirmando que estava vendo emails.
“Depois entraram os parentes dela no quarto e amarraram corda no meu braço, corrente e cadeado. Ela passou a atadura na minha boca e nos meus olhos. Me levaram para o banheiro e ela fazia perguntas sobre minha amante. Eu disse que não tinha amante. Cada vez que eu falava que não, ela me agredia. Começou a falar de roubo de dinheiro. Aí eu falei que não tinha pego dinheiro. Ela jogou gasolina no meu corpo, rosto e na minha parte íntima", contou ele, afirmando ainda que Verônica mandou os parentes o afogarem.
"Na terceira vez que me afogaram, eu comecei a concordar com ela para não morrer. Ela falava o tempo todo que ia me matar. Depois que o dia amanheceu, saímos do banheiro e me desamarraram. Eu disse que ia buscar água na cozinha e consegui fugir pelo quarto de hóspedes”, completou ele.
Fonte: g1
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