Sérgio Ribeiro, sobrinho de António Andrade, diz que o susto matou o tio
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António Andrade acordou quando dois homens tentavam arrombar a porta da sua casa. Sofria do coração e saíu para pedir ajuda mas não resistiu
António Andrade estava a dormir quando dois homens arrombaram a porta da sua casa com uma pedra para tentar assaltar a habitação. A vítima, de 63 anos, que sofria de problemas cardíacos, estava sozinha em casa e fugiu para a rua, para pedir ajuda aos vizinhos, na localidade de Arrifana, em Santa Maria da Feira. O corpo do homem foi encontrado no meio da rua com hematomas no corpo, o que levou inicialmente a PJ a suspeitar de homicídio. Só a autópsia poderá determinar as causas da morte, mas tudo aponta para que a vítima tenha sofrido um ataque cardíaco.
"O meu tio vivia aqui sozinho desde Fevereiro. Ainda não sabemos se lhe roubaram alguma coisa, mas pensamos que não chegaram a levar nada porque o dinheiro que tinha na carteira ficou", disse ao CM o sobrinho Sérgio Ribeiro. Os hematomas no corpo levaram as autoridades a pensar tratar-se de um homicídio, que foi descartado quando souberam que o homem tinha sido recentemente vítima de atropelamento.
António Andrade tinha uma vida pacata desde que se tinha reformado em França. A mulher e a filha, que souberam da morte pelo telefone, devem chegar hoje para tratar do funeral.
"Quando cheguei, o corpo do meu tio estava caído no chão, em pijama. A porta estava arrombada. Só esperamos que a Judiciária descubra os assaltantes. Foi o susto que o matou", garantiu ao CM o sobrinho. Os Bombeiros de Arrifana ainda tentaram reanimar a vítima, que acabou por falecer no local.
"OUVI OS GRITOS DO MEU VIZINHO E LIGUEI AO 112"
Depois da tentativa de assalto, António Andrade correu para a rua para pedir ajuda aos vizinhos. "Ouvi uns gritos e fui à varanda ver o que se passava. Vi o corpo do meu vizinho no chão e liguei de imediato para o 112. Antes disso não me apercebi de nada de anormal", disse ao CM um vizinho que preferiu manter o anonimato.
O corpo da vítima não apresentava sinais de agressão, e os seus antecedentes cardíacos levam as autoridades policiais a acreditar que sofreu um ataque do coração. Na rua Júlio Dinis, em Arrifana, toda a gente garante que António Andrade tinha uma vida pacata.
Correio da Manhã de Portugal
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