Depois de dedicar uma página inteira ao Roubinei, o Estadão deste domingo dedica uma página inteira ao Farol de Alexandria, aquele que iluminou a Antiguidade e foi destruído por um terremoto (ou foi por uma onda vermelha ?).
Como se sabe, NENHUM candidato tucano cita o Fernando Henrique no horário eleitoral.
É como se ele fosse uma praga.
Com uma gloriosa exceção.
É um candidato a senador por São Paulo, de nome … , ele se chama …, hummmm …, parece que é … Aloísio (*).
Ele começa os comerciais na tevê assim: você não me conhece …
(Nem conhecerá.)
Esse que você não conhece está atrás de um candidato que não faz campanha, preso num hospital, o Romeu Tuma.
E os dois, segundo o Datafalha – em que não se recomenda confiar -, atrás do Netinho e da Marta.
A copiosa entrevista do Farol jaz na pág. A12 de sugestivo título: “Acabar com a desigualdade não é tudo”.
Claro que não.
Bom mesmo é preservar a desigualdade e governar, como diria o Faoro, para 20 milhões de pessoas.
A certa altura, o Farol diz:
“O governo do presidente Lula atuou bem diante da crise financeira mundial (2008/2009). Isso não é fruto do passado, é fruto do presente. Nas outras áreas, ele deu continuidade (ou seja, ele fez o que eu mandei fazer – PHA), mas na crise podíamos ter naufragado e ele não deixou naufragar.”
Se tem um assunto de que o Farol entende é “naufrágio”.
Além da P-36, o Farol naufragou em três crises internacionais.
E quebrou o Brasil três vezes.
E governou como se o Brasil fosse um Estado Livre Associado ao FMI (ou seja, aos bancos).
Ele entende muito disso: de “fazer água”.
Outra circunstância notável desta inútil entrevista – quando o Estadão não tem o que fazer, entrevista o Farol – é o fato de ele não citar o Serra uma única vez.
Trata o Serra de “oposição”.
É a vingança !
Paulo Henrique Amorim
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