POLIGAMIA NO SERTÃO PARAIBANO

Crédito Foto: Zequinha Fotografias

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Apesar de não ser considerada legal no Brasil, a poligamia de um homem com diversas esposas, é permitida e recomendada em países de cultura islâmica, que abrange desde o Marrocos, na costa noroeste da África até a Malásia, no sudeste asiático, onde os casamentos poligâmicos são regulamentados com o limite de quatro esposas, desde que o homem tenha condições de tratar todas as companheiras, e que não se dê preferência a nenhuma. Um caso desse tipo de união de um homem com várias mulheres está acontecendo em um lugar chamado “Terra Nova”, comunidade rural, localizada a 13 km da Zona Urbana de São Bento, no sertão da Paraíba, e com um dado curioso: duas das três mulheres do poligâmico, José Severino Leandro da Silva, mais conhecido por vaqueiro, são irmãs.

Segundo ‘vaqueiro’, que mora na ‘Terra Nova’ há mais ou menos 40 anos, ele convive de forma harmoniosa com as irmãs Rita Leite de Souza e Francisca Leite de Souza, além da 1ª mulher, a Sr.ª Rosaly Joana da Conceição.

O marido do trio feminino revela que a união entre as três companheiras é totalmente pacífica, sem nenhuma divergência. No tocante ao relacionamento amoroso, ‘vaqueiro’ afirma que é tudo numa boa. “O que uma quer a outra quer, na hora, sem confusão de nada, dormiu demais, já viu, aí passa embaixo, uma noite é pra uma, outra noite é pra outra, e vamos embora”, disse sorridente o ‘vaqueiro’.

Na casa de ‘vaqueiro’, com apenas quatro compartimentos, residem 18 pessoas, incluindo filhos, netos e bisnetos e, na hora da dormida, o espaço fica pequeno para tantos ocupantes, que são obrigados a dormir em redes, sofás, colchões e outras formas improvisadas.

Os filhos do casal são: Natália Leite de Souza, 15 anos; Fábio Leite de Souza, 17 anos; Juliana Leite de Souza, 16 anos; Aline Leite de Souza, 14 anos; Leonardo Leite de Souza, 13 anos; José Leandro da Silva, 35 anos; Damião Leandro da Silva (morador em Brasília) e Francisco Leandro da Silva (falecido).

Para sustentar a grande família, seu José disse que trabalha todos os dias no pesado, cortando e vendendo lenha, conseguindo ganhar de R$ 200,00 a R$ 300,00 por semana, além da renda da aposentaria, o que é suficiente pra fazer a feira, segundo ele.

Em relação à divisão de trabalho na casa, “vaqueiro” revelou que todos trabalham de forma igualitária, cada um realizando sua tarefa.

Leomarque Pereira (Rádio São Bento FM, Rede Correio Sat).