Avião bimotor da empresa Noar Linhas Aéreas explodiu após fazer pouso forçado em um terreno vazio; todas as pessoas à bordo morreram no acidente
Aldo Carneiro/AE
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O avião que caiu em Recife (PE) nesta semana não tentou pousar no terreno em que caiu, o que indica que houve uma perda de controle da aeronave em pleno voo, afirmou o perito da Polícia Civil Gilmario Lima, responsável pelo laudo do local do acidente.
Segundo ele, não há indícios de arrasto da aeronave. Os destroços estavam concentrados apenas em um local. Lima compara a situação com um acidente de carro em que não aparecem marcas de frenagem.
O perito ainda diz que o lado direito do avião estava mais danificado que o esquerdo.
– Uma das hélices da asa direita estava muito danificada. Ela chegou a criar uma sulcagem no solo. Já o lado esquerdo tinha poucos danos.
A perícia do Instituto de Criminalística vai analisar apenas o local do acidente e a identificação dos corpos. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), vinculado à Aeronáutica, deve analisar o que fez o avião efetivamente cair.
A FAB (Força Aérea Brasileira) disse que não vai divulgar informações preliminares da investigação.
O acidente
De acordo com a Infraero, a aeronave deixou o Aeroporto Internacional dos Guararapes às 6h51 com destino a Mossoró (RN). O piloto teria percebido logo após a decolagem que a aeronave estava com problemas e tentou retornar ao Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Ao perceber que não seria possível chegar ao local, Cardoso teria, então, feito um pouso forçado no único terreno vazio da avenida Boa Viagem. A via tem 6 km de extensão e abriga diversos prédios residenciais, além de ser próxima às praias de Boa Viagem e Jaboatão dos Guararapes.
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