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O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, qualificou a homossexualidade como uma "doença" não natural vinda do Ocidente durante uma conferência sobre aids nessa segunda-feira (4). Nesta terça, porém, ele recuou de sua declaração, afirmando que havia sido "totalmente mal interpretado". "Eu sei, como ministro da Saúde, que homens fazendo sexo com outros homens não é uma doença", afirmou.
No dia anterior, Azad havia dito que "é uma fonte de preocupação que, infelizmente, no mundo e em nosso país esta doença esteja ocorrendo, com homens tendo sexo com outros homens, o que não é natural e não deveria estar acontecendo". A declaração foi bastante veiculada pela imprensa indiana. O discurso original ecoa uma declaração comum nesta conservadora nação, apontando o homossexualismo como algo importado do Ocidente.
Anjali Gopalan, chefe da Fundação NAZ, grupo que trabalha com soropositivos e promove os direitos iguais para os homossexuais, afirmou que os comentários de Azad eram perturbadores, vindos de um ministro da Saúde de um país que enfrenta uma dura batalha para conter as infecções pelo vírus HIV. "Isso definitivamente não ajudará em nossa luta contra o HIV", disse ela à Associated Press.
Há 2,5 milhões de indianos com HIV, sendo este o país com o maior número de pessoas portadoras do vírus na Ásia. Segundo especialistas, a marginalização dos homossexuais mantém esse grupo isolado e dificulta a disseminação de mensagens sobre os riscos da aids. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Fonte: Agência Estado
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