Padre pedófilo: "A carne é fraca"
“A carne é fraca". Com esta frase, um padre do nordeste do Brasil justificou à mãe da vítima o facto de ter molestado e tentado abusar sexualmente do filho dela. O padre já foi afastado das funções religiosas e a polícia pediu a sua prisão preventiva.O caso, segundo a queixa apresentada na esquadra da cidade de Ipanguaçu, no interior do estado do Rio Grande do Norte, ocorreu na paróquia de Arapuá, pequeno povoado na zona rural daquele município. A vítima, um menino de 10 anos, ia ajudar na sua primeira missa, celebrada pelo padre José Irineu da Silva, que ao longo da semana visita as povoações mais afastadas.
De acordo com o delegado (inspector) Caetano Bauman, da esquadra de Ipanguaçu, o relato do menino é cheio de detalhes que tornam a sua acusação ainda mais verosímil. O menor contou que, a certa altura, pouco antes da missa, o padre Irineu começou a acariciá-lo, e que as carícias foram ficando mais ousadas, até atingirem as partes íntimas do assustado menino.
Quando o sacerdote, sempre de acordo com a queixa registada pela mãe do miúdo, tentou concretizar a relação sexual completa, o menor, apavorado com o intento do religioso, conseguiu desenvencilhar-se e correu a bom correr até casa, contando o sucedido. No dia seguinte, antes de ir à polícia, a mãe dele foi pedir explicações ao religioso, altura em que ouviu dele a inusitada confirmação e justificação. Assim que o caso se tornou público, a arquidiocese de Natal afastou o padre Irineu das suas funções religiosas.
Em nota, o vigário-geral da arquidiocese, padre Aerton Sales da Cunha, considerou a acusação grave e que o acto impetrado ao padre, é deplorável e, se confirmado, deve ser punido severamente. Ele já enviou um relatório à Congregação para a Doutrina da Fé, que tomará uma decisão definitiva sobre o assunto. O delegado Bauman, por seu turno, informou que já encaminhou à justiça do estado do Rio Grande do Norte um pedido de prisão preventiva contra o padre Irineu.
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