segunda-feira, 4 de abril de 2011

Três vítimas graves do acidente do parque na zona oeste ainda não têm previsão de alta

Oito pessoas ficaram feridas depois que a trava de segurança de um briquedo falhou
Trava de segurança do brinquedo Double Shock abriu e as pessoas caíram
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O estado de saúde das três pessoas que se acidentaram gravemente em um brinquedo do Playcenter permanece estável, mas ainda não há previsão de alta para eles. A informação foi divulgada, no final da tarde desta segunda-feira (4), pela assessoria de imprensa do parque temático, que fica na zona oeste da capital.


Já a assessoria de imprensa do Hospital e Maternidade Metropolitano confirma o estado de saúde de apenas uma das três vítimas. Daniele Aparecida Pansarin, de 30 anos, deu entrada na unidade de saúde com ferimentos na perna esquerda e na face. Ela continuava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com quadro clínico estável, segundo o último boletim médico divulgado no final da tarde.

As famílias das outras duas pessoas que ficaram gravemente feridas proibiram que o departamento de comunicação do hospital divulgasse informações sobre elas.

Oito pessoas ficaram feridas depois que a trava de um brinquedo abriu, enquanto ele ainda estava em movimento. As vítimas caíram de altura entre 5 m e 7 m. Com a falha na segurança da atração, quatro pessoas foram lançadas para um lado e duas para o outro.

Perícia

Peritos da Polícia Científica de São Paulo retornarão, às 9h desta terça-feira (5), ao parque de diversões Playcenter para vistoriar o brinquedo Double Shock.

Agentes já estiveram no local na segunda-feira (4) e verificaram o funcionamento do brinquedo. O perito José Alves afirmou que podem haver três causas para o acidente: imperícia, imprudência e negligência. Segundo o delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio F. Batistas, se qualquer um destes motivos for comprovado, os responsáveis poderão responder por lesão corporal culposa.

O brinquedo foi interditado pela polícia e pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), da prefeitura. De acordo com Alves, o resultado da perícia pode levar de 30 a 50 dias para ficar pronto.

Depoimentos

Funcionários do parque foram ouvidos na segunda-feira, no 23º Distrito Policial, em Perdizes. Entre eles, três pessoas que operavam o brinquedo Double Shock no momento do acidente e socorristas que prestaram atendimento às vítimas.

No início da tarde desta segunda, Batista afirmou que quer o Playcenter fechado até, pelo menos, a próxima sexta-feira (8). Segundo o delegado, como esse foi o segundo acidente grave no parque em sete meses, o objetivo da polícia é vistoriar todos os brinquedos do local.

- São dois acidentes graves que colocaram em risco a vida dos usuários. A intenção é que não haja mais [acidentes]. Vamos acionar os órgãos, como a prefeitura, para verificar o alvará de todos os brinquedos.

O delegado disse que também irá acionar o Ministério Público de São Paulo para verificar a possibilidade de fechamento do parque até que se comprove que o local é seguro. No início da tarde, em nota, o Ministério Público não confirmou que irá pedir o fechamento do local, mas disse que “a Secretaria Executiva da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital determinou o início de uma apuração técnica para levantar as causas do acidente no brinquedo do Playcenter.”

O secretário executivo da promotoria, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, lembrou que esse "não é o primeiro incidente envolvendo o parque em questão de segurança de instalação".


O brinquedo passou por uma perícia na manhã desta segunda-feira e voltará a ser vistoriado nos próximos dias. Segundo o perito José Alves, o laudo de conclusão pode sair em um prazo que varia de 30 a 50 dias.

Nesta terça-feira (5), Batista pretende começar a ouvir algumas das vítimas. Caso seja necessário, alguns depoimentos podem ser ouvidos no hospital, afirmou.

O delegado disse ainda que os responsáveis podem responder por lesão corporal culposa.

Double Shock

O brinquedo, fabricado na Itália em 1995, passou por uma reforma completa em maio de 2010. Segundo o delegado responsável pelo caso, a cada seis meses, o Double Shock passa por uma checagem nacional de segurança. Uma verificação de critério internacional é feita a cada dois anos.

De acordo com o Playcenter, todo o sistema que compõe o brinquedo passa por uma verificação diária. A máquina opera no parque desde 1996.

Outro lado

Em nota, o Playcenter informou "que está contribuindo com as investigações e que não medirá esforços para esclarecer o episódio [...] O parque reforça que este equipamento e os demais contam com manutenção diária e operam dentro das normas nacionais e internacionais".

Do r7.com



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