Anjie caiu inconsciente na rua após ser agredída em frente à filha de quatro anos. Foi a terceira vez no espaço de um ano.
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Acabou de trabalhar e voltou a casa à meia-noite, levando uma garrafa de Vinho do Porto para comemorar anteontem os 41 anos do marido.
"Só que nem chegámos a beber nada", recorda ao CM Anjie, britânica de 47 anos que após "uma discussão fútil" viu Rui C. "atirar a garrafa ao chão" e espancá-la à frente da filha de ambos, de quatro anos, em Vila Real de Santo António. O agressor foi detido. Presente ontem ao juiz, foi afastado de casa e da mulher.
"Deu-me uma valente chapada e pegou no telemóvel, com o qual me bateu na cabeça vezes sem conta. Deu-me uma sova para me matar", diz a britânica, que conseguiu abrir a porta de casa mas caiu inconsciente no meio da rua, envolta em sangue. "Antes de desmaiar, ainda o ouvi dizer para me levantar e não dar nas vistas", recorda a vítima.
Distribuidor, Rui C. vive com a mulher na rua do Exército, em Vila Real de Santo António. Os vizinhos chamaram o INEM e a vítima foi levada ao centro de saúde com um traumatismo craniano. Foi suturada com seis pontos na cabeça.
Teve alta na manhã de ontem, e o agressor viu o tribunal proibi--lo de contactar com a mulher. Anjie afirma ter sido agredida pelo companheiro "três vezes no espaço de um ano. "A família dele pediu--me para retirar a queixa e acedi, pois não tive coragem de mandar o pai da minha filha para a cadeia."
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