A psicóloga Karen Tannhauser, 37, que havia desaparecido na tarde do último dia 31, deixou um bilhete em sua agenda. A anotação foi encontrada por agentes da polícia civil momentos antes de Karen ser encontrada no prédio onde morava, na tarde de ontem.
Segundo a polícia, o bilhete dizia: "Eu não me acho no direito de ser feliz. Mas não levo ninguém junto. Vivam suas vidas e nunca se culpem".
A delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), pediu que Karen faça exames no IML (Instituto Médico Legal). Ela deve passar por um exame de corpo de delito, para analisar algumas escoriações em seus braços e pernas, e também um exame toxicológico.
"Ela parecia ser uma pessoa enfrentando um conflito pessoal, mas ainda não conversamos com um especialista para confirmar isso", disse a delegada.
A motivação do desaparecimento ainda não foi esclarecida. O pai da psicóloga esteve nesta terça-feira na delegacia. Mas declarações de famílias e amigos serão formalizadas amanhã para encerramento das investigações.
O CASO
Desaparecida desde o dia 31 de dezembro último, Karen foi encontrada viva na tarde desta segunda (3) na garagem do prédio onde mora com os pais, na zona sul do Rio. Ela estava dentro do porta-malas do carro da síndica, um Palio Weekend. Segundo a polícia, não houve crime, e Karen entrou no veículo por vontade própria.
Ela havia sido vista pela última vez entrando no edifício, no Jardim Botânico. A família e a polícia chegaram a divulgar imagens em busca de Karen, que trabalha em dois hospitais e um posto de saúde públicos, incluindo o Hospital da Lagoa, perto de sua casa.
Segundo policiais, ela foi encontrada por acaso pelo marido da síndica, quando ele abriu o porta-malas. Estava desorientada e emocionalmente abalada, com a mesma roupa que usava quando desapareceu. Disse que só se lembrava do que aconteceu até o dia 31, mas que tomou todas as decisões sozinha.
"Ela não foi forçada a nada", afirmou ontem a delegada Lomba. Segundo ela, Karen ficou perambulando pelas dependências do prédio e entrou na mala por vontade própria. Os donos do carro podem ter deixado o porta-malas aberto quando voltaram para casa de uma saída, na manhã de ontem.
"Ela disse que não teve contato com ninguém", disse Lomba. Karen foi levada para exames no hospital municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul).
Extraído da folha de são paulo
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