Dilma acena para a multidão
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Em seu primeiro discurso já empossada como a primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff prometeu erradicar a pobreza extrema. Referindo-se o tempo todo "às queridas brasileiras e aos queridos brasileiros", Dilma afirmou que "a luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos".
"Uma expressiva mobilidade social ocorreu nos dois mandatos do presidente Lula, mas ainda existe pobreza no Brasil", disse a presidente. "Não vou descansar enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa, enquanto houver famílias no desalento das ruas, enquanto houver crianças pobres abandonadas à própria sorte. O congraçamento das famílias se dá no alimento, na paz e na alegria. E este é o sonho que vou perseguir." Dilma chorou em dois momentos. Primeiro, ao dizer que a partir de agora tinha se tornado "a presidenta de todos os brasileiros" e, depois, ao recordar os companheiros da sua geração que "tombaram pelo caminho". Em um discurso de 40 minutos no plenário da Câmara, a petista lembrou ainda o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se comprometeu a erradicar a miséria.
Dilma se emocionou pela primeira vez ao dizer que havia se tornado a presidente de todos os brasileiros já próximo do fim do discurso. Em seguida, fez menção à época em que combateu a ditadura. "Não tenho ressentimento ou rancor", disse. E completou, já com lágrimas nos olhos novamente: "Muitos dos meus companheiros da minha geração que tombaram pelo caminho não podem compartilhar deste momento". Antes do discurso, Dilma leu e assinou, juntamente com o vice-presidente Michel Temer, o compromisso constitucional de posse, quando se tornou oficialmente a primeira presidente do Brasil.
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