sábado, 1 de janeiro de 2011

Alckmin toma posse e promete trabalhar 'não apenas por São Paulo, mas pelo Brasil'

Governador Geraldo Alckmin chega ao Palácio dos Bandeirantes acompanhado da mulher Lu Alckmin
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O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tomou posse do cargo na manhã deste sábado, na Assembleia Legislativa do Estado.


Alckmin chegou à cerimônia às 9h40 acompanhado pela mulher, Lu Alckmin, e pelo vice, Guilherme Afif (DEM).

Eles foram recebidos pelo presidente do Legislativo paulista, deputado Barros Munhoz (PSDB).

Por volta das 10h30, o novo governador de São Paulo se dirigiu à plateia, auxiliado por um papel que trazia o discurso de posse.


No discurso de posse, Alckmin lembrou o início de sua vida política, em 1983, e prometeu trabalhar para que São Paulo seja "uma terra de oportunidades".

O governador afirmou que vai priorizar "o operário que madruga nos pontos de ônibus" e "a trabalhadora que deixa os filhos cuidando uns dos outros em casa e vai dar duro nas fábricas, nas lojas ou em casas alheias".

Uma das metas do governador é ampliar a frente tucana entre as classes mais baixas, fortalecendo o trabalho social.

Alckmin disse também que vai trabalhar de acordo com o que ele disse ser "a única forma aceita pelo paulista". "Não apenas por São Paulo, mas pelo Brasil."

O ex-governador José Serra, ausente na cerimônia, foi citado uma vez, quando Alckmin disse ser "uma grande honra assumir o governo de São Paulo em sucessão aos governadores José Serra e Alberto Goldman".

Antes de começar sua fala, o governador fez uma saudação especial a Alaíde e Andreia Quércia, respectivamente viúva e filha do ex-governador Orestes Quércia, morto no último dia 24.

Após o discurso, Alckmin recebeu honras militares no estacionamento da Assembleia e saiu rumo ao Palácio dos Bandeirantes, onde o atual governador, Alberto Goldman (PSDB) transmitirá oficialmente o cargo.

De lá, Alckmin, que à espera da cerimônia de posse olhou o relógio algumas vezes, preocupado com o horário, partirá para Brasília para acompanhar a posse da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT).

PLATEIA

Marcada para 10h, a cerimônia começou pontualmente. Às 10h06, Alckmin já estava acomodado no plenário e diante de uma plateia com cadeiras vazias.

Integrantes do novo secretariado do Estado, como Sidney Beraldo (Casa Civil) e Silvio Torres (Habitação), também compareceram à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), no centro da capital.

À tarde, por volta das 16h, o tucano viaja para Brasília, onde será um dos governadores da oposição na posse de Dilma.

DOMÍNIO TUCANO

Com a vitória de Alckmin, o PSDB se instala no Palácio dos Bandeirantes pela quinta vez consecutiva. O domínio peessedebista começou em 1994, com a eleição de Mário Covas, e completará 20 anos ao final da atual gestão.

Alckmin foi deputado estadual, duas vezes deputado federal, duas vezes vice-governador na chapa de Mário Covas (assumiu o governo quando Covas morreu, em 2001), governador eleito de São Paulo em 2002 e secretário paulista de Desenvolvimento (na gestão de José Serra).

Em 2000, Alckmin tentou, em vão, chegar à prefeitura de São Paulo.

Em 1988, Alckmin ajudou a fundar o PSDB, pelo qual disputou a Presidência em 2006 --perdida para o petista reeleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Católico praticante (mantinha uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no gabinete e em todos os cômodos do Palácio dos Bandeirantes), Alckmin é considerado mais conservador que os principais fundadores do PSDB (Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas e Franco Montoro), o que ele nega.

De um colunista da Folha que o considerava insosso, ganhou o apelido de "picolé de chuchu".

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