sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O PiG (*) tem razão: a ocupação do Alemão é uma derrota

Segundo o PiG (*), no Alemão, o crime compensa
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Este ordinário blogueiro voltou à Rua Joaquim de Queiroz, na entrada da Vila Cruzeiro, centro do comércio da droga no Complexo do Alemão.

Às 4h da tarde desta sexta-feira, havia umas 50 pessoas na fila para entrar no ônibus refrigerado da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Na terça-feira, o ônibus atendeu 30 pessoas.
Na quarta, 300, na quinta, 300, e hoje, provavelmente, outras 300.
Os moradores do Complexo do Alemão vão em busca de segundas vias de documentos perdidos, certidão de casamento, carteira de identidade e atestado de óbito.
De terça-feira até hoje, houve ali 10 pessoas com denúncias de violência ou irregularidade cometida por policiais.
Dessas 10, uma resultou numa investigação da Delegacia Policial próxima.
Essa sexta-feira foi o terceiro dia em que funcionários da Sky venderam TV a cabo.
Em três dias, foram vendidas 200 assinaturas no Alemão e 100 na Vila Cruzeiro.
A “TV gato” custava R$ 30 por mês.
A Sky cobra R$ 49,90.
Na Rua Joaquim de Queiroz, há 6 meses funciona sua primeira agência bancária, do banco Santander.
A reduzida e refrigerada agência atende 10 mil pessoas por mês.
Em 6 meses, conquistou 2 mil correntistas.
A agência oferece todos os produtos financeiros de qualquer agência do Santander, em qualquer ponto do Brasil.
No momento, a preferência, além de movimentar a conta corrente, é o correntista abrir conta de poupança e fazer seguro, especialmente de vida.
Um novo produto parece concentrar a atenção do funcionário com quem conversei.
O Santander regulariza as micro e pequenas empresas, faz com que se inscrevam no Simples e oferece uma linha de financiamento dirigido especialmente às micro e pequenas empresas.
O PiG (*), de fato, tem razão.
A ocupação foi um desastre irremediável.



Paulo Henrique Amorim

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