Declaração da prefeita Fafá Rosado proferida durante a abertura da II Conferência Regional de Políticas para as Mulheres, realizada na manhã de quinta-feira, 25, no Hotel VillaOeste, vem gerando polêmica entre os mossoroenses. Em seu discurso, ao destacar a importância dos cuidados referentes à saúde da mulher, a prefeita disse que "hoje em dia a mulher só morre de câncer se quiser", justificando o pensamento através das possibilidades oferecidas na rede de atendimento à saúde.
A declaração provocou reações na população, que comentou nas redes sociais o posicionamento da prefeita. No microblog Twitter, os usuários atribuíram adjetivos negativos a fala da chefe do Poder Executivo municipal.
Ainda no microblog, o secretário municipal da Cidadania, Francisco Carlos, disse que a frase foi retirada do contexto e criticou aqueles que a repercutiram de forma negativa. "Quem retira uma frase do seu contexto, atribuindo-lhe sentido diverso, revela ignorância ou má-fé. Às vezes, com boa-fé, reproduzimos o engodo", escreveu o secretário, complementando em um outro tweet "...quem retirou a frase "hoje só tem câncer quem quiser" e a propagou fora do contexto e da forma como foi dita, deve ter peso na consciência", finalizou Francisco Carlos.
Segundo a presidente do Centro Feminista 8 de Março (CF8), Conceição Dantas, que estava participando do evento, e presenciou a declaração, a frase não condiz com a realidade. "Nós discordamos dessa frase, até porque a rede de atendimento possui falhas, uma vez que muitas mulheres que ouvimos reclamam da demora para agendarem e receberem exames, das filas quilométricas, então, a mulher pode sim hoje em dia morrer de câncer ao procurar a rede de assistência à saúde", esclarece Conceição Dantas.
A presidente do CF8 destaca também que, por mais que o atendimento à saúde da mulher fosse satisfatório, existem outros fatores que precisam ser levados em consideração no que se refere ao câncer.
"Existe uma lógica que precisa ser percebida. Muitas mulheres ainda resistem a procurar um médico, por vergonha, medo, e até mesmo por decisão dos maridos, que não a deixam irem ao médico", diz, acrescentando ainda: "Eu, no lugar da prefeita, não teria dito isso, porque quem conhece realmente as mulheres sabe que é preciso ter uma educação para a saúde. A prefeita teve uma visão supervalorizada do atendimento à saúde", conclui Conceição Dantas.
Fonte: Jornal o Mossoroense
Perdão, para ela, pois não sabe mesmo o diz! rsrsrr
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