Dora Kramer – O Estado de S.Paulo
No governo José Sarney o nome do presidente era sinônimo de crise. Ficou famosa frase do então senador Fernando Henrique Cardoso – “a crise viajou” – numa ocasião em que se referia à ausência dele do País.
Em circunstâncias distintas Dilma Rousseff vai cumprindo o mesmo destino. Diferença fundamental é que Sarney governava em ambiente de inflação alta, economia desorganizada, vaivém de planos econômicos e um Congresso Constituinte todo-poderoso, protagonista absoluto da cena política e social.
O que seria uma vantagem, na comparação, acaba contando pontos contra a presidente, que conta com estupenda maioria na Câmara e no Senado, fundamentos da economia postos, popularidade alta e oposição desarticulada.
Em tese, portanto, Dilma teria tudo para governar com relativa tranquilidade, em ambiente de brandura.
Na prática, porém, o que se vê é um permanente alvoroço. Em seis meses desde a posse há no País crises demais e governo de menos sob a gerência de Dilma.
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