segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Rombo", que "rombo"?

Porta-vozes do Governo do Estado e da mídia proclamaram há meses, que o "rombo" no erário a ser encontrado por Rosalba Ciarlini ultrapassaria R$ 1 bilhão. Até falaram em números mais densos.


Passados alguns meses, muitos já vêem algo pouco superior a R$ 810 milhões como patamar mais realista, menos passional.

Mas continuam falando em "rombo".

A receita total projetada do Estado, para este ano, é de R$ 9,4 bilhões. Existem obrigações constitucionais que não podem ser descartadas, como 25% destinados à educação e 12% dirigidos à saúde.

O próprio governo também puxou freio-de-mão em despesas com custeio da máquina, com bloqueio em cima dos 30% desse montante estimado. Porém é claro que ultrapassaremos com folga os R$ 10 bi.

Em quatro anos de gestão, Rosalba Ciarlini deverá movimentar mais de R$ 45 bilhões, para um "rombo" de coisa aí de R$ 810 milhões.

"Rombo", que "rombo"?

O Estado renegocia dívidas, susta pagamentos, evita atendimento a reivindicações de servidores - mesmo aprovadas em lei - e choraminga.

O RN não está quebrado coisíssima nenhuma, mas lógico que precisa de reordenamento de despesas e sobretudo o empenho de todos os poderes e órgãos públicos, de Estado, para se tornar mais enxuto e eficiente.

Ou faz isso ou continuará servindo a uns poucos em detrimento de muitos, incluindo aí os servidores estaduais que compõem a base da máquina estatal.

Os governos anteriores mantiveram essa cultura.

A folha de pessoal cresce vegetativamente, mesmo sem qualquer reajuste; a arrecadação precisa aumentar. Porém o mais importante é reduzir despesas, inibir desperdício, frear privilégios.

Como nada do prioritário é feito, é sempre mais fácil quebrar o pau nas costas do servidor.

 
Fonte: Carlos Santos

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