terça-feira, 24 de agosto de 2010

Justiça condena Garotinho, Álvaro Lins e mais oito envolvidos na Operação Gladiador

RIO - O ex-governador Anthony Garotinho, o ex-chefe de Polícia Civil do Rio e ex-deputado Álvaro Lins e mais oito envolvidos foram condenados em processo da 4ª Vara Federal do Rio por crimes de formação de quadrilha, corrupção e lavagem de bens a até 28 anos de prisão. A partir da denúncia proposta pelo MPF em maio de 2008, a 4ª Vara Federal Criminal condenou o ex-deputado estadual Álvaro Lins a 28 anos de prisão (por formação de quadrilha armada, corrupção passiva e lavagem de bens) e o ex-governador Anthony Garotinho a dois anos e meio de prisão por formação de quadrilha (convertidos a serviços à comunidade e suspensão de direitos).


A Justiça condenou ainda os policiais civis Alcides Campos Sodré Ferreira, Daniel Goulart, Fábio Menezes de Leão, Mario Franklin Leite de Carvalho e Ricardo Hallak, entre outras pessoas. Suas penas variam de dois anos de reclusão (Daniel Goulart) a 11 anos e três meses de prisão (Mario Franklin Carvalho). Todos os réus podem apelar da decisão em liberdade.

O processo resultou das apurações da operação Gladiador, desencadeada pelo MPF e pela Polícia Federal, da quebra de sigilo fiscal de Álvaro Lins e de investigações posteriores de documentos colhidos pela PF. A Justiça atestou a prática de crimes como facilitação de contrabando (a exploração de caça-níqueis pelo grupo de Rogério Andrade não era reprimida) e corrupção ativa e passiva.

Quatro outros investigados na Operação Segurança Pública , que é um desdobramento da Gladiador, foram absolvidos.

"A sentença é positiva e reflete uma conquista no combate à corrupção e à impunidade no país. Não obstante, o MPF já recorreu, entre outras coisas, para aumentar a pena de alguns dos condenados, entre eles o ex-governador Anthony Garotinho", disse o procurador da República Leonardo Cardoso de Freitas.

Garotinho, que concorre ao cargo de deputado federal, já havia sido condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) por abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação ,o que o tornou inelegível por 3 anos. Garotinho conseguiu se candidatar após o ministro Marcelo Ribeiro, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conceder liminar que suspende a decisão do TRE-RJ. A nova condenação não inviabiliza a candidatura de Garotinho.

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